Sustentabilidade municipal na trilogia social, ambiental e econômica-financeira
uma análise da alocação dos recursos públicos do município de Porto Firme/MG
DOI:
https://doi.org/10.18696/reunir.v14i1.1234Keywords:
Sustentabilidade municipal, Indicadores sociais, IMRSAbstract
O surto emancipacionista pelo qual passou o Brasil no século XX, trouxe discussões sobre ser ou não sustentável a criação de pequenos municípios. Economicamente, para os desfavoráveis, a emancipação gera municípios insustentáveis com aumento das despesas nas administrações dos poderes executivo e legislativo. Para os favoráveis é uma oportunidade de atender as reinvindicações dos distritos abandonados pela sede. Vantagens e desvantagens podem estar expressas em indicadores socioeconômicos. O estudo teve por objetivo descrever a configuração da sustentabilidade do município de Porto Firme – MG, com base na alocação dos recursos públicos nas dimensões do Índice Mineiro de Responsabilidade social – IMRS, considerando as perspectivas social, ambiental e econômico-financeira (Triple Bottom Line -Tripé da Sustentabilidade). Quantitativamente, utilizou-se como fontes secundárias os dados coletados na Prefeitura Municipal, nas bases de dados da Fundação João Pinheiro (FJP), do Tribunal de Contas de Estado de MG (TCE-MG) e do Atlas de Desenvolvimento Humano. Qualitativamente, como fontes primárias, foram realizadas entrevistas estruturadas com os gestores municipais nas respectivas áreas de atuação. Procedeu-se assim a verificação das alocações dos recursos nas dimensões do IMRS no período de 2007 a 2019, foi traçado um panorama da arrecadação municipal, bem como foi apresentado um comparativo entre três indicadores sociais (IMRS, IEGM, IDHM) do município com cinco cidades limítrofes. Observou-se que a situação da arrecadação demonstrou grande dependência da transferência de recursos da União e do Estado, assim como a necessidade de intensificar a previsão e planejamento visando aperfeiçoar as alocações de recursos no caminho do desenvolvimento sustentável.
Downloads
References
Albuquerque, A. C. M., & Karruz, A. P. (2018). Transferências voluntárias para ações em segurança pública: o caso do governo mineiro, seus municípios e entidades. Revista Brasileira de Segurança Pública, São Paulo, 12(1), 108-132. DOI: https://doi.org/10.31060/rbsp.2018.v12.n1.900
Alves, E. J., & Gonçalves, C. A. (2017). Análise Comparativa Qualitativa como Método de Pesquisa em Administração: uma Revisão Sistemática de Literatura. Métodos e Pesquisa em Administração, 2(2), 4-18.
Anjos, D. A., Vieira, M. A., Almeida, F. M., & Ferreira, M. A. M. (2019). Influência das armas de fogo na incidência dos homicídios em Minas Gerais. REBESP, 12(1), 59-75. DOI: 10.29377/rebesp.v12i1.385
Arretche, M. T. S. (2012). Democracia, federalismo e centralização no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV; Editora Fiocruz, 232 p.
Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (Atlas-BR). (2019). Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Recuperado de http://www.atlasbrasil.org.br/
Ázara, L. N., Pessanha, G. R. G., & Barbosa Neto, J. E. (2017). Eficiência dos municípios com relação aos gastos públicos em educação e cultura na microrregião de Varginha - MG. Revista Capital Científico, 15(4).
Baião, A., Cunha, A., & Souza, F. (2017). Papel das transferências intergovernamentais na equalização fiscal dos municípios brasileiros. Revista do Serviço Público, 68(3), 583-610. DOI: https://doi.org/10.21874/rsp.v68i3.1406
Bernardi, J. (2012). A organização municipal e a política urbana. Curitiba: Intersaberes.
Brasil. Senado Federal. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF.1988. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil
Carvalho, A. M. (2002). Estado, descentralização e sustentabilidade dos governos locais no Brasil. Economía Sociedad y Territorio, 3(12).
Colman, D., & Nixson, F. (1985). Desenvolvimento econômico: uma perspectiva moderna. Rio de Janeiro: Campus.
Comissão Mundial Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento – CMMAD (1991). Nosso Futuro Comum. Relatório Bruntdland: FGV.
Conrado, V. N. (2015). Estudo de caso sobre relações de uma empresa florestal brasileira com a comunidade: diagnóstico, e proposta de aperfeiçoamento do processo. 2015. 95 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) – Universidade Federal de Viçosa.
Corbari, E. C. (2008). Grandes municípios brasileiros: estrutura do endividamento e impactos da Lei de Responsabilidade Fiscal. Dissertação (Mestrado em Contabilidade) Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Costa, A. T. M., & Lima, R. S. (2014). Segurança pública. In: Lima, R. S., Ratton, J. L., & Azevedo, R. G. (Orgs.). Crime, polícia e Justiça no Brasil. São Paulo: Contexto.
Costa, C. C. M. (2012). Disparidades inter-regionais e características dos municípios de Minas Gerais. Desenvolvimento em Questão, 10(20), 52-88. DOI: https://doi.org/10.21527/2237-6453.2012.20.52-88
Costa, J. F. (2008). Reflexos da Lei de Responsabilidade Fiscal no endividamento dos municípios brasileiros. In Anais do 18º Congresso Brasileiro de Contabilidade, Gramado, RS.
Costa, R. A., Ervilha, G. T., Viana, D. W., & Gomes, A. P. (2015). A eficiência dos gastos públicos com difusão cultural como determinante da redução da criminalidade e elevação do nível educacional nos municípios mineiros. In Anais do 13º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, Curitiba, PR.
Costa, R. A., Ervilha, G. T., Viana, D. W., & Gomes, A. P. (2019). A eficiência dos gastos culturais em reduzir a criminalidade e elevar a escolaridade em Minas Gerais. Revista Gestão e Regionalidade, 35(104), 26-45. DOI: https://doi.org/10.13037/gr.vol35n104.4949
Draibe, S. M. (2006). Estado de Bem-Estar, desenvolvimento econômico e cidadania: algumas lições da literatura contemporânea. In Anais do 30º Encontro Anual da ANPOCS, Caxambu.
Duarte, F. (2011). Planejamento urbano. Curitiba: Ibpex.
Ervilha, G. T., Bohn, L., Dalberto, C. R., & Gomes, A. P. (2015). Eficiência dos gastos públicos com segurança nos municípios mineiros. Revista de Economia, Fortaleza, 46(1), 9-25. DOI: https://doi.org/10.13037/gr.vol35n104.4949
Fenker, E., & Ferreira, E. (2011). Sustentabilidade: economia e ecologia sustentáveis? In Anais do 35º Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós- Graduação e Pesquisa em Administração, Rio de Janeiro, RJ.
Ferreira, G. L. L. (2015). A mineração no Quadrilátero Ferrífero – MG: análise espacial da atividade na região nos anos 2000 e 2010. 2015. 97 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Pontífice Universidade Católica de Minas Gerais.
Florissi, E. (2009). Desenvolvimento urbano sustentável: um estudo sobre sistemas de indicadores de sustentabilidade urbana. 2009. 128 f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Urbano) – Universidade Federal de Pernambuco.
Fundação João Pinheiro [FJP]. (2019). Finanças dos municípios mineiros: diversidade e indicadores. Belo Horizonte: Centro de Estudos Econômicos e Sociais/Fundação João Pinheiro, 120 p.
Gavira, M. O., Moraes, C. S. B., & Dadario, A. M. V. (2017). Administração e Gestão Sustentável: Contexto e Ferramentas. São Carlos - SP: Rima, v. 1. 128 p.
Gomes, C. A. B. (2018). Desenvolvimento dos municípios mineiros: uma análise da Lei Robin Hood. 2018. 154f. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) – Universidade Federal de Uberlândia.
González-Garcia, S., Rocio, M., Moreira, M., & Feijo, G. (2019). Embedding environmental, economic and social indicators in the evaluation of the sustainability of the municipalities of Galicia (northwest of Spain). Journal of Cleaner Production, 234, 27-42. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2019.06.158
Guimarães Neto, L. F., & Cunha, G. R. (2018). Sustentabilidade municipal: análise de desenvolvimento socioeconômico de municípios mineradores do Estado de Minas Gerais. Revista Brasileira de Administração Científica, 9(2), 90-117. DOI: https://doi.org/10.6008/CBPC2179-684X.2018.002.0008
Heller, L. (1998). Relação entre Saúde e Saneamento na Perspectiva do desenvolvimento. Revista Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 3(2), 73-84.
Instituto Brasileiro de Geografia Estatística – IBGE. Cidades. (2019). Recuperado de https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/porto-firme/panorama
Jannuzzi, P. M. (2009). Indicadores sociais no Brasil. 4. ed. – Campinas, SP: Editora Alínea.
Junqueira, L. A. P. (2004). A gestão intersetorial das políticas sociais e o terceiro setor. Saúde e Sociedade, São Paulo, 13(1), 25-36.
Kerbauy, M. T. M. (2014). Organização Partidária e Elites Partidárias Municipais. BRASA XII (Brazilian Studies Association). Sessão: Política Local no Brasil, Padrões de Votação, Elites Políticas e Organização Partidária. 20 a 23 de ago. King’ College Londres.
Kirst, E.; & Lang, D. J. (2019). Perspectives on comprehensive sustainability-orientation in municipalities: structuring existing approaches. Sustainability, 11(1040), 1-21.
Leal, L. L. (2017). Gestão de pessoas na saúde pública com foco nas unidades da estratégia saúde da família: análise de eficiência dos municípios de Minas Gerais. 2017, 91 f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais.
Leroy, R. S. D., Abrantes, L. A., Almeida, F. M., Ferreira, M. A. M., & Vieira, M. A. (2017). Estrutura Arrecadatória e Desenvolvimento Socioeconômico dos Municípios Mineiros. Desenvolvimento em Questão, 15(41), 164-201.
Lopes, A. F. A. (2016). O programa cidade sustentável, seus indicadores e metas: instrumentos metodológicos para a avaliação da sustentabilidade no município de Prata – MG. 2016. 203 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal de Uberlândia.
Lützkendorf, T., & Balouktsi, M. (2017). Assessing a sustainable urban development: typology of indicators and sources of information. Procedia Environmental Sciences, 38, 546–553. DOI: https://doi.org/10.1016/j.proenv.2017.03.122
Magalhães, D. L. (2015). Estudo da relação entre as variáveis sócio-econômicas e demográficas com o padrão da distribuição espaço-temporal dos casos de AIDS por município de Minas Gerais - período entre 2000 e 2010. 2015. 101 f. Dissertação (mestrado em Infectologia e Medicina tropical) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais.
Magalhães, E. A., Warim, V. R., & Gomes, A. P. (2019). Eficiência dos municípios mineiros: uma análise relacionada às áreas de meio ambiente, habitação e urbanismo. RMC - Revista Mineira de Contabilidade, Belo Horizonte, 20(2), 83-96. DOI: https://doi.org/10.21714/2446-9114RMC2019v20n2t07
Matta, I. B., Ferreira, M. A. M., Cotta, R. M. M., & Batista, R. S. (2016). Gestão da saúde pública: análise sobre os fatores condicionantes do desenvolvimento humano. Revista de Gestão em Sistemas de Saúde – RGSS, 5(1), 15-28. DOI: https://doi.org/10.5585/rgss.v5i1.200
Nunes, M.A. Garcia, R. A., & Ferreira, R. N. (2018). Mensuração do grau de sustentabilidade dos municípios brasileiros: a condição dos municípios recém-criados frente aos municípios progenitores. 2018. In Anais do 21º Encontro Nacional de Estudos Populacionais (ABEP).
Nunes, M. A., & Oliveira, G. L. N. (2015). Municípios recém-criados no Vale do Jequitinhonha e promoção da cidadania: uma análise comparativa dos indicadores de bem-estar social. Revista Espinhaço, 4(1), 14-24. DOI: https://doi.org/10.5281/zenodo.3962800
Olher, B. S. (2018). Família e Educação: Um Estudo do desenvolvimento local da zona da mata mineira. 2018. 247f. Tese (Doutorado em Economia Doméstica) – Universidade Federal de Viçosa.
Oliveira, L. L. S. (2013). Idese e indicadores sociais: origens e evolução. Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser. Textos para Discussão, 116, 2013. Recuperado de http://www.fee.rs.gov.br/wp-content/uploads/2014/07/20140730idese.pdf
Paula, P. F., Gomes, M. C. V, Soares, M. B., Rocha, W., Trivelato, P. V., & Faria, E. R. (2015). Fatores determinantes para a qualidade da educação nos municípios mineiros. In Anais do 22º Congresso Brasileiro de Custos, Foz do Iguaçu, PR, Brasil.
Rattner, H. (1999). Sustentabilidade: uma visão humanista. Ambiente e Sociedade, Campinas, 5, 1-5.
Resende, A. A. M. (2019). Eficiência do gasto público com educação: um estudo sobre os municípios da microrregião de Juiz de Fora. 2019. 100f. Dissertação (Mestrado em Administração Pública) - Universidade Federal de Alfenas.
Rezende, D. A., & Castor, B. V. J. (2006). Planejamento estratégico municipal: empreendedorismo participativo nas cidades, prefeituras e organizações públicas. Rio de Janeiro: Brasport, 2006.
Rodrigues, A. C., Moreira, M. A., & Colares, A. C. V. (2016). Avaliação da eficiência da aplicação dos royalties da mineração no desenvolvimento social dos municípios mineiros. Revista Ambiente Contábil, 8(2), 173-189. DOI: https://doi.org/10.21680/2176-9036.2016v8n2ID8175
Santana, M. S. (2017). Endividamento público em municípios de Minas Gerais: uma análise de dados em painel. 2017. 49 f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Federal de Viçosa.
Santos, V. J. C. F., & Ferreira, F. P. M. (2017). Desenvolvimento humano local: uma análise multivariada para os pequenos municípios em Minas Gerais. Cadernos Gestão Pública e Cidadania, São Paulo, 22(71), 37-56. DOI: https://doi.org/10.12660/cgpc.v22n71.60417
Santos, A. C., Gomes, A. P., & Ervilha, G. T. (2015). Eficiência e desigualdade em educação no estado de Minas Gerais: uma análise da primeira etapa do PMDI. Revista Planejamento e Políticas Públicas, 45.
Sarubbi, M. P., & Moraes, C. S. B. (2018). Avaliação comparativa de metodologias de indicadores para a sustentabilidade urbana. Cadernos Zygmunt Bauman, 8(18), 211-231.
Sen, A. (2000). Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras.
Sgarbi, L. A. (2016). Análise da relação espacial entre o desenvolvimento socioeconômico dos municípios mineiros e a compensação financeira do ICMS ecológico. 2016. 70 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Administração Pública) – Universidade Federal de Viçosa.
SIiqueira, I. M., Reis, A. O., Fraga, M. S., Ferreira, E. P., & Amaral, N. L. (2018). Eficiência na alocação de recursos em saneamento básico: correlações com saúde, educação, renda e urbanização nos municípios mineiros. Contabilometria, 5(1), 1-16. Recuperado de https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/view/4135
Souza, N. J. (1999). Desenvolvimento econômico. São Paulo: Atlas.
Souza et al. (2019). Desenvolvimento de indicadores síntese para o desempenho ambiental. Saúde e Sociedade, São Paulo, 18(3), 500-514.
Temponi, A. O. D., Brito, M. G., Ferraz, M. L., Diniz, S. A., Cunha, T. N., & Silva, M. X. (2018). Ocorrência de casos de leishmaniose tegumentar americana: uma análise multivariada dos circuitos espaciais de produção, Minas Gerais, Brasil, 2007 a 2011. Caderno de Saúde Pública, 32(2).
Tristão, A. M. (2003). A administração tributária dos municípios brasileiros: uma avaliação do desempenho da arrecadação. Tese (doutorado) - FGV/EAESP, São Paulo, 172p.
Valentin, A., & Spangenberh, J.H. (2000). A guide to community sustainability indicators. Environmental Impact Assessment Review, 20(3), 381-392.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 REUNIR Revista de Administração Contabilidade e Sustentabilidade
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Declaração de Direito Autoral
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de ser um periódico de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais, com caráter científico.
A Revista REUNIR adota Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial 3.0 Brasil License ou seu equivalente.