MOTIVAÇÃO PARA APRENDIZAGEM NO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ALUNOS DA MODALIDADE PRESENCIAL E A DISTÂNCIA, REFERENTE À DISCIPLINA DE CONTROLADORIA

Autores

  • Carlos Roberto Souza Carmo Faculdade de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Uberlândia (FACIC-UFU)

DOI:

https://doi.org/10.18696/reunir.v4i2.225

Palavras-chave:

Motivação. Aprendizagem. Métodos quantitativos aplicados.

Resumo

O presente estudo teve por objetivogeral analisar se fatores relacionados à idade, ao gênero, à existência de experiência profissional na área contábil, o tempo relativo àquelaexperiência e o período/etapa em que o aluno se encontra no curso Ciências Contábeis poderiam constituir-se em direcionadores da sua motivação para cursar a disciplina de Controladoria. A partir da aplicação da análise de regressão linear, pelo método stepwise, foram identificadas duas modelagens matemáticas explicativas da motivação daqueles discentes. Entre outras evidências, foi observado que, tanto nos alunos do curso presencial quanto os alunos do curso a distância,a idade foi o principal determinante da motivação para cursar a disciplina de Controladoria. Também foi observado que fatores relacionados à experiência profissional dos discentes integrantes da amostra dessa pesquisa exercem influências distintas em relação à modalidade de ensino frequentada por cada um dos dois grupos investigados. No caso dos alunos do curso presencial, o tempo de experiência profissional na área contábil tem um comportamento inverso à motivação.Dentre os alunos do curso a distância,o tempo de experiência profissional na área contábil não foi considerado estatisticamente significativo,porém, a simples existência de algum tipo de experiência profissional naquela área constituiu-se em um fator determinante da sua motivação para cursar a disciplina de Controladoria,independentemente do tempo dessa experiência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carlos Roberto Souza Carmo, Faculdade de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Uberlândia (FACIC-UFU)

Mestre em Ciências Contábeis pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2008). MBA em Controladoria e Finanças pela FUNDACE/USP-Ribeirão Preto-SP (2001). Bacharel em Ciências Contábeis (1999). Professor efetivo da Universidade Federal de Uberlândia-UFU. Ex-professor dos cursos presenciais de Ciências Contábeis e Administração da Universidade de Uberaba-UNIUBE. Ex-professor e membro estruturante do curso de Ciências Contábeis da UNIUBE. Ex-professor da Faculdade de Ciências Econômicas do Triângulo Mineiro-FCETM e das Faculdades Associadas de Uberaba-FAZU. Tem experiência na área de Ciências Contábeis, com ênfase em Contabilidade, Normas e Práticas Contábeis, Contabilidade Gerencial e de Custos e, ainda, Métodos Quantitativos Aplicados.

Referências

AMARAL, M. S. do; RODRIGUES, M. S. O ensino da disciplina de controladoria nos programas de pós-graduação em nível de especialização em ciências contábeis e o profissional controller atuante no mercado de trabalho. Enfoque Reflexão Contábil, Maringá, v. 25, n 3, p. 17-28, Set.-Dez. 2006.

BEUREN, I. M.. O papel da controladoria no processo de gestão. In: SCHMIDT, P. (Org). Controladoria: agregando valor para a empresa. Porto Alegre: Bookman/Artmed, 2002.

BROWN, N.. Meta programmes for identifying thinking preferences and their impact on accounting students’ educational experience. Journal of Accounting Education. Youngstown-US, n. 23, p.232–247, 2005.

BZUNECK, J. A.. A motivação dos alunos em cursos superiores. In: JOLY, M. C. R. A.; SANTOS, A. A. A. dos; SISTO, F. F. (Org.). Questões do cotidiano universitário. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.

______. A motivação do aluno: aspectos introdutórios. In: BORUCHOVITCH, E.; BZUNECK, J. A. (Org.). A motivação do aluno: contribuições da psicologia contemporânea. 3 ed. Petrópolis: Vozes, 2004.

COVINGTON, M. V. Self-worth theory goes to college or do our motivation theories motivate? In: McINERNEY, D. M.; VAN ETTEN, S. (Ed.) Big theories revisited. Greenwich: Information Age Publishing, 2004.

FACHIN, O.. Fundamentos da metodologia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2001.

GARRIDO, I.. Motivacion, emocion y accion educativa. In: MAYOR, L.; TORTOSA, F. (Coord.) Âmbitos de aplicacion de la psicologia motivacional. Bilbao: Desclee de Brower, 1990.

GUIMARAES, S. É. R.; BORUCHOVITCH, E.. O estilo motivacional do professor e a motivação intrínseca dos estudantes: uma perspectiva da teoria da autodeterminação. Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v.17, n.2, p.143-150, 2004.

JACOBS, P. A.; NEWSTEAD, S. E. The nature and development of student motivation. British Journal of Educational Psychology, Leicester, v.70, n.2, p.243-254, 2000.

LOPES, L. M. S.; PINHEIRO, F. M. G.; SILVA, A. D. R. da. Aspectos da motivação intrínseca e extrínseca: uma análise com discentes de Ciências Contábeis da Bahia na perspectiva da Teoria da Autodeterminação. In: CONGRESSO DA ASSONCIAÇÃO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS (ANPCONT), 7., 2013, Fortaleza. Anais... Fortaleza: ANPCONT, 2013.

MARTINS, G. de A.. Manual para elaboração de monografias e dissertações. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

MENDES, J. B.. Utilização de Jogos de Empresas no Ensino de Contabilidade – Uma

experiência no curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Uberlândia.

Contabilidade Vista & Revista, Belo Horizonte, v. 11, n. 3, p. 23-41, dez. 2000.

MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa. Brasília: Ed. da UnB, 1998.

MURPHY, P.K.; ALEXANDER, P. A. A motivated exploration of motivation terminology. Contemporary Educational Psychology, v. 25, n. 1, p.3-53, Jan./2000.

MURRAY, E. J. Motivação e emoção. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 1986.

OLIVEIRA, P. A. de et al. Motivação sob a perspectiva da Teoria da Autodeterminação: um estudo da motivação de alunos do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual de Montes Claros. In: CONGRESSO USP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM CONTABILIDADE, 7., 2010, São Paulo. Anais... São Paulo: FEA-USP, 2010.

PAJARES, F. M.; SCHUNK, D. H. Self-beliefs and school success. Self-efficacy and self-concept in academic settings. In: RIDING, R.; RAYNER, S. (Eds.). Self perception. London: Ablex Publishing, 2001.

PFROMM, S. N. Psicologia da aprendizagem e do ensino. São Paulo: EPU, 1987.

PIRES, V. Ensino superior e neoliberalismo no Brasil: um difícil combate. Educação e Sociedade. Campinas, v.25, n.86, p.263-268, abr. 2004.

PINTRICH, P. R. A motivational science perspective on the role of student. Motivation in learning and teaching contexts. Journal of Educational Psychology, v. 95, n.4, p. 667-686, 2003.

SIQUEIRA, J. R. M. de; SOLTELINHO, W.. O profissional de controladoria no mercado brasileiro: do surgimento da profissão ao dias atuais. Revista Contabilidade & Finanças da USP, São Paulo, v.16, n. 27, p. 66-77, 2001.

SIQUEIRA, L. G. G.; WECHSLER, S. M. Motivação para a aprendizagem escolar: possibilidades de medida. Avaliação Psicológica, Porto Alegre, v. 5, n. 1, p. 21-23, jun. 2006.

SOUZA, M. A.; LISBOA, L. P.; ROCHA, W. Práticas de contabilidade gerencial adotadas por subsidiárias brasileiras de empresas multinacionais. Revista Contabilidade & Finanças da USP, São Paulo, v. 14, n. 32, p. 40-57,2003.

STIPEK, D. J. Motivation to learn: from theory to practice. Englewood Cliffs (NJ): Prentice Hall, 1998.

VALENTE J. A.. Formação de educadores para o uso da informática na escola. Campinas: UNICAMP, 2001.

Downloads

Publicado

2014-08-15

Como Citar

Carmo, C. R. S. (2014). MOTIVAÇÃO PARA APRENDIZAGEM NO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ALUNOS DA MODALIDADE PRESENCIAL E A DISTÂNCIA, REFERENTE À DISCIPLINA DE CONTROLADORIA. REUNIR Revista De Administração Contabilidade E Sustentabilidade, 4(2), 76-95. https://doi.org/10.18696/reunir.v4i2.225

Edição

Seção

Artigos científicos