Cooperativas de plataforma e os entregadores por bicicleta
uma economia de entrega alternativa viável?
DOI:
https://doi.org/10.18696/reunir.v14i4.1838Palavras-chave:
Cooperativa de plataforma, Entregadores por bicicleta, PrecarizaçãoResumo
A sociedade está imersa numa crise de dimensões múltiplas. A dimensão econômica é destacada com os efeitos da digitalização. No Brasil, o setor de entregas é controlado pelos aplicativos que influenciam a geração de trabalhos precários. Entretanto, o surgimento de cooperativas de plataforma de entrega tem sido a alternativa de governança democrática do trabalho. Neste artigo, tem-se como objetivo analisar as condições de trabalho e renda na economia de entrega que podem conduzir à sustentabilidade, a partir da perspectiva dos entregadores ciclistas de uma cooperativa de entrega, em São Paulo-SP. Para tanto, adotou-se neste estudo a pesquisa qualitativa básica (Merriam, 2009), com a coleta de dados por meio da observação participante e a realização de entrevistas abertas, e o uso da análise de conteúdo temática (Bardin, 2011). Os resultados indicam que a propriedade coletiva dos recursos e do trabalho é manifestada na autogestão dos entregadores para realizarem o planejamento. Por sua vez, o controle da produção mostrou-se mais sustentável ambientalmente, embora tenham sido mantidas as características da precarização do trabalho, especificamente, devido aos baixos valores de renda.
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