Palavra do Editor
DOI:
https://doi.org/10.18696/reunir.v12i4.1522Keywords:
Palavra do editorAbstract
Palavra do Editor – Editorial v.12 (4), 2022.
Caro(a) leitor(a), apresentamos o quarto volume do ano de 2022. Parabenizo a todos (as) autores (as) que tiveram artigos publicados nesta edição. Externo meus agradecimentos aos avaliadores ad hoc da REUNIR que durante este ano contribuíram significativamente para a qualidade dos trabalhos publicados em nosso periódico, sem o empenho de vocês as edições do ano de 2022 e de anos anteriores não seria possível.
Reforço mais uma vez meus votos de boas-vindas para novas as editoras associadas Dr.ª Ana Carolina Kruta de Araújo Bispo (Universidade Federal da Paraíba) e Dr.ª Rosana da Rosa Portella Tondolo (Universidade Federal de Pelotas) e Dr.ª Cristiane Lourenço Ubeda (UFSCar), que irão compor o nosso time a partir do ano de 2023. Certamente contribuirão bastante para nossa revista. Obrigado por terem aceitado nosso convite!
Neste número, são publicados nove artigos científico. O primeiro artigo foi escrito por Thais Amélia Rodrigues, Leandro Araújo Wickboldt e Esdras Santos Carvalho. Os pesquisadores investigaram o nível de adesão das empresas brasileiras de capital aberto ao programa de integridade (PI) por meio da metodologia qualitativa, o que permite o escrutínio do cumprimento, gerando contribuição prática. Evidenciaram que importantes empresas não declaram explicitamente como deve ser a conduta dos seus agentes no relacionamento com o setor público.
Os autores Arthur Frederico Lerner e Leonardo Flach analisaram como a forma que a companhia se endivida influencia suas oportunidades de crescimento. Os dados coletados referem-se às empresas listadas na [B]3, sendo considerado o período de 2009 a 2020. Utilizar-se-á regressão múltipla, por meio de dados em painel com série temporal empilhada, tendo como variável dependente as oportunidades de crescimento, medida por meio do índice Market-to-book (MB) e Q de Tobin (Q), e como variáveis independentes o Endividamento, Tamanho, Retorno sobre o ativo (ROA), Crescimento da Receita e Despesas de Capital (CAPEX). O modelo do Market-to-book foi melhor explicado do que o modelo Q de Tobin pelas variáveis escolhidas.
No terceiro artigo Priscila de Oliveira Rodrigues, Katiane Fréu e Luís Moretto Neto analisar o Programa Mesa Brasil-SESC (MBS), sob à luz da Coprodução e da Economia Circular, contextualizadas ao atual cenário Brasileiro, a partir das experiências dos municípios de Ijuí e Erechim/RS. Observaram que o programa procura atuar com eficiência, eficácia e efetividade, em prol do bem público, por meio de Coprodução, predominantemente, por automobilização, em uma gestão participativa e social. Além disso, desenvolve ações assistenciais e educativas que visam a transcender o modelo linear de produção e de consumo, característica aderente à Economia Circular.
Por sua vez, o quarto artigo dos autores Amanda Samylli da Silva, Rosângela Queiroz Souza Valdevino, Adriana Martins de Oliveira e Saulo Medeiros Diniz averiguaram os motivos que influenciam os discentes dos cursos de Ciências Contábeis a serem desonestos. Utilizou-se a abordagem quantitativa, que se desenvolveu a partir da aplicação de um questionário estruturado e validado de Grimes e Rezek (2005) adaptado por Moura (2018), dividido em três dimensões. Os achados evidenciaram que os motivos que influenciam os acadêmicos de Ciências Contábeis a serem desonestos foram: estar cursando o sétimo período em uma IES pública e desenvolverem uma atividade remunerada.
O quinto artigo da autoria de Ana Paula Kieling, Guilherme Lima Vargas e Rafael Tezza investigaram os estudos existentes sobre usabilidade na experiência do usuário (UX) no comércio através de dispositivos móveis (m-commerce), identificando os direcionamentos principais relacionados ao tema de modo a propor novas perspectivas de pesquisa na área no período de 2010 a 2020. A agenda de pesquisa sugere diferentes abordagens metodológicas a serem aplicadas, tais como machine learning e pesquisa experimental. Ainda, identifica-se oportunidades para estudos que envolvam UX no âmbito de serviços, tais como turismo, alimentos & bebidas e educação.
No sexto artigo, Murilo Barreto Santana, Risia Kaliane Santana de Souza, Adriana Barreto dos Santos e Amarildo Jose Morett compreenderam a contribuição do artesanato produzido pela Associação Hernani Sá Criativo para o desenvolvimento do Turismo Cultural em Ilhéus-Ba. Concluíram, de modo geral, que o artesanato criado na Associação Hernani Sá Criativo contribui para o desenvolvimento do Turismo Cultural em Ilhéus de maneira significativa e direta. Os produtos criados pelos artesãos associados traduzem a identidade cultural de Ilhéus e toda região cacaueira. Embora continue sendo necessária uma maior participação do poder público no que se refere a estratégias de valorização do patrimônio e divulgação do artesanato local como um potencial atrativo turístico.
O sétimo artigo desta edição do autor Alexandre André Feil analisou as correntes teóricas dos níveis (paradigmas) da sustentabilidade e seus limites de aplicabilidade. O estudo traz uma reflexão e um alerta às partes interessadas para repensar a direção desejada do nível de sustentabilidade para o futuro do sistema global, se o almejado é o sustentável ou o insustentável.
No oitavo artigo Margarete Blume Vie, Dusan Schreiber e Vanessa Theis analisaram e propuseram melhorias em relação à gestão de resíduos em empresas do setor calçadista. Os resultados evidenciam que as empresas estudadas se preocupam com a correta gestão e destinação final ambientalmente adequada, contudo, existem diversos aspectos que deveriam ser melhorados, principalmente no que se refere ao controle de resíduos e a redução na geração por meio do reaproveitamento/reciclagem. A pesquisa contribuiu para o avanço do conhecimento sobre a gestão de resíduos na indústria calçadista, bem como ofereceu importantes subsídios para a ação gerencial no intuito de promover mudanças no processo operacional.
Finalmente, o artigo nove dos autores Auris Martins de Oliveira, Miguel Afonso Sellitto e Jéferson de Souza Flores apresentaram os impactos econômicos, sociais e ambientais da implantação de empresas de geração de energia eólica em comunidades do Rio Grande do Norte, Brasil. Os resultados apontam para aspectos positivos de remuneração e geração de trabalho, com unanimidade entre empresa, moradores e relatórios de auditoria sobre estes benefícios. Embora a renda se mostre como fator positivo, há insatisfações sobre oscilações de valores pagos e a falta de transparência. Foi possível observar a contribuição corporativa para o desenvolvimento sustentável, com ações sobre a vida selvagem, cujo construto identifica sinergia nas informações colhidas, com observância para a silvicultura. Por fim, foram identificados também impactos ambientais significativos como poluição sonora e emissões atmosféricas em forma de poeira.
Espero que desfrutem dessa nova edição.
Saudações editoriais e acadêmicas.
Sousa, PB, 11 de dezembro de 2022.
José Ribamar Marques de Carvalho, PhD.
https://orcid.org/0000-0003-3482-9231 Pós-doutorado em Ciências Contábeis PPGCC Unisinos. Professor Associado da Universidade Federal de Campina Grande e do Mestrado Profissional em Administração Pública – PROFIAP UFCG. Editor-chefe da Revista REUNIR. Líder do Observatório de Gestão, Contabilidade & Sustentabilidade – GEPCON/CNPq. E-mail: josé.ribamar@professor.ufcg.edu.br
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