Percepções de uma Comunidade Institucional de Ciência e Tecnologia quanto às Práticas de Sustentabilidade

Autores

  • Luanna Ematné de Matos Instituto Evandro Chagas (IEC)
  • Nathália Santos Serrão de Castro Instituto Evandro Chagas (IEC)
  • Giselle Maria Rachid Viana Instituto Evandro Chagas (IEC)

DOI:

https://doi.org/10.18696/reunir.v14i1.1518

Palavras-chave:

Sustentabilidade; Conhecimentos, Atitudes e Práticas (CAP); Responsabilidade Socioambiental (RSA)

Resumo

O objetivo do estudo foi estimar a percepção da comunidade de um instituto de ciência e tecnologia sobre as práticas de sustentabilidade. Conduziu-se pesquisa sobre Conhecimentos, Atitudes e Práticas (CAP) sobre Responsabilidade Socioambiental (RSA) em um Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT). O CAP foi estruturado em três partes, totalizando 31 perguntas distribuídas nos seis eixos temáticos da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P). Participaram do estudo 200 colaboradores, representando 17,81% (200/1.123) da comunidade institucional. Quanto ao uso racional de bens públicos, 75,5% (151/200) responderam desligar os equipamentos ao deixar o trabalho e 67,0% (134/200) imprimiam documentos “frente e verso”. Em relação à gestão dos resíduos, 52,0% (104/200) descartavam resíduos em lixeiras seletivas e 56,0% (112/200) desconheciam que a instituição executasse ações de coleta seletiva solidária. Sobre a qualidade de vida, 78,5% (157/200) reconheceram trabalhar em ambiente salubre. Quanto à capacitação profissional direcionada à sustentabilidade, 60,0% (120/200) não reconheceram iniciativas internas de sensibilização e capacitação voltadas para este segmento. Sobre compras públicas sustentáveis, 54,0% (108/200) e 57,5% (115/200) desconheciam que a instituição priorizasse a qualidade e durabilidade dos produtos adquiridos, ou tivesse preferência por produtos fabricados por fontes não poluidoras, respectivamente. Sobre construções sustentáveis, 93,5% (187/200) relataram que não há obra ou processo tecnológico para melhor uso dos recursos naturais disponíveis. Diante disso, sugere-se o aprimoramento das intervenções que visem ampliar o desenvolvimento de competências na área de sustentabilidade ambiental, implantar o Plano de Gestão Socioambiental (PGS) e fortalecer estratégias de comunicação institucional relacionadas às ações de sustentabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Aaker, D. A., Kummar, V., & Day, G. S. (2001). Marketing Research (7th ed.). John Wiley & Sons, Inc.

Akbar, J. ud D., & Abdullah, M. R. T. L. (2021). Motivating factors affecting the individual energy consumption behavior. SHS Web of Conferences, 124, 08003. https://doi.org/10.1051/shsconf/202112408003

Barbieri, J. C., & Silva, D. da. (2011).Desenvolvimento sustentável e educação ambiental: uma trajetória comum com muitos desafios. RAM. Revista de Administração Mackenzie, 12(3), 51–82. https://doi.org/10.1590/S1678-69712011000300004

Bardin, L. (2016). Análise de Conteúdo. Edições 70.

Boone, C. G., Pickett, S. T. A., Bammer, G., Bawa, K., Dunne, J. A., Gordon, I. J., Hart, D., Hellmann, J., Miller, A., New, M., Ometto, J. P., Taylor, K., Wendorf, G., Agrawal, A., Bertsch, P., Campbell, C., Dodd, P., Janetos, A., & Mallee, H. (2020). Preparing interdisciplinary leadership for a sustainable future. Sustainability Science, 15(6), 1723–1733. https://doi.org/10.1007/s11625-020-00823-9

Borowiecki, M., & Philp, J. (2019). Policy Initiatives for Health and the Bioeconomy. In OECD Science, Technology and Industry Policy Papers (Vol. 83, Issue 83).

Brasil. Ministério de Minas e Energia. Empresa de Pesquisa Energética - EPE. (2020). Plano Decenal de Expanção de Energia 2029. Recuperado de https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/Documents/PDE 2029.pdf

Brasil. Ministério do Meio Ambiente. Agenda Ambiental na Administração Pública. A3P. (2022a). A3P - Boas Práticas: Construções Sustentáveis. Recuperado de http://a3p.mma.gov.br/category/construcoes/

Brasil. Ministério do Meio Ambiente. Agenda Ambiental na Administração Pública. A3P. (2022b). Eixos Temáticos - Portal A3P. Recuperado de http://a3p.mma.gov.br/eixos-tematicos/

Brasil. Ministério do Meio Ambiente. (2016). Responsabilidade Socioambiental. Recuperado de https://antigo.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental.html

Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - CMMAD. (1991). Em busca do desenvolvimento sustentável. In F. G. Vargas (Ed.), Nosso Futuro Comum (2a. ed., pp. 46–71).

Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. (1995). Agenda 21. In Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados. Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações. Recuperado de http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/7706

Correa-García, J. A., & Vásquez-Arango, L. (2020). Desempeño ambiental, social y de gobierno (ASG): incidencia en el desempeño financiero en el contexto latinoamericano. Revista Facultad de Ciencias Económicas, 28(2), 67–83. https://doi.org/10.18359/rfce.4271

Correia, M. S. (2019). Sustainability. International Journal of Strategic Engineering, 2(1), 29–38. https://doi.org/10.4018/IJoSE.2019010103

Craig, R. K., Garmestani, A. S., Allen, C. R., Arnold, C. A. T., Birgé, H., DeCaro, D. A., Fremier, A. K., Gosnell, H., & Schlager, E. (2017). Balancing stability and flexibility in adaptive governance: an analysis of tools available in U.S. environmental law. Ecology and Society, 22(2), art3. https://doi.org/10.5751/ES-08983-220203

Eduardo, C., Honda, É. F. de C., Saburo, W., Penha, D. H. M. de La, Gualda, R., Teixeira, I. M. V., Daltro, F. A., & Pares, A. C. G. (2014). Aspectos da Construção Sustentável no Brasil e Promoção de Políticas Públicas (Vol. 1).

Elkington, J. (1994). Towards the Sustainable Corporation: Win-Win-Win Business Strategies for Sustainable Development. California Management Review, 36(2), 90–100. https://doi.org/10.2307/41165746

Freitas, C. L. de;, Borgert, A., & Pfitscher, E. D. (2011). Agenda Ambiental na Administração Pública: Uma Análise da Aderência de uma IFES às Diretrizes Propostas pela A3P. XI Colóquio Internacional Sobre Gestão Universitária Na América Do Sul. II Congresso Internacional IGLU, 226, 1–16. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/30051/7.7.pdf?sequence=

Göttems, L. B. D., Camilo, L. de P., Mavrot, C., & Mollo, M. de L. R. (2021). As reformas dos sistemas de saúde da América Latina: influências neoliberais e desafios aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Ciência & Saúde Coletiva, 26(10), 4383–4396. https://doi.org/10.1590/1413-812320212610.11192021

Huang, H., Wang, H., Hu, Y.-J., Li, C., & Wang, X. (2022). Optimal plan for energy conservation and CO2 emissions reduction of public buildings considering users’ behavior: Case of China. Energy, 261.

Ipiranga, A. S. R., Godoy, A. S., & Brunstein, J. (2011). Introdução. RAM. Revista de Administração Mackenzie, 12(3), 13–20. https://doi.org/10.1590/S1678-69712011000300002

Jacobsen, K. (2016). Introduction to health research methods: A Practical Guide. (2a ed.). Jones & Bartlett Learning.

Nações Unidas Brasil. (n.d.). Sobre o nosso trabalho para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil. Retrieved March 29, 2022. Recuperado de https://brasil.un.org/pt-br/sdgs

Oliveira, J. C. de, & Faria, A. C. de. (2019). Impacto econômico da construção sustentável: a reforma do Estádio do Mineirão. Urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 11, 1–14. https://doi.org/10.1590/2175-3369.011.001.ao06

Poza-Vilches, M. de F., Gutiérrez-Pérez, J., & Pozo-Llorente, M. T. (2020). Quality Criteria to Evaluate Performance and Scope of 2030 Agenda in Metropolitan Areas: Case Study on Strategic Planning of Environmental Municipality Management. International Journal of Environmental Research and Public Health, 17(2), 419. https://doi.org/10.3390/ijerph17020419

Radzi, H. M., Chong, P. Y., Nazli, N. N. N., Mokhtar, S., Mokhtar, M. Z., & Rahman, N. A. A. (2018). Motivation Factor Influencing Behavior Change in Electrical Consumption. 25–27.

Rebelatto, B. G., Salvia, A. L., Reginatto, G., Brandli, L., & Frandoloso, M. A. L. (2022). Energy efficiency initiatives and the academic community’s behaviour: a Brazilian experience. Discover Sustainability, 3(1), 33. https://doi.org/10.1007/s43621-022-00101-x

Salas-Zapata, W. A., Ríos-Osorio, L. A., & Cardona-Arias, J. A. (2018). Knowledge, Attitudes and Practices of Sustainability: Systematic Review 1990–2016. Journal of Teacher Education for Sustainability, 20(1), 46–63. https://doi.org/10.2478/jtes-2018-0003

Seniwoliba, A., & Yakubu, N. . (2015). Understanding knowledge attitude and practice of energy conservation at workplace among employees of the University for development studies. Journal of Education, Arts and Humanities, 3(4), 64–77.

Söderholm, P. (2020). The green economy transition: the challenges of technological change for sustainability. Sustainable Earth, 3(1).

Szostek, D. (2021). Employee Behaviors toward Using and Saving Energy at Work. The Impact of Personality Traits. Energies, 14(12), 3404. https://doi.org/10.3390/en14123404

Thanh Nguyen, T., Trung Duong, K., & Anh Do, T. (2021). Situational factor affecting energy-saving behavior in direct approaches in Hanoi City. The role of socio-demographics. Cogent Psychology, 8(1).

Tribunal de Contas da União. (2014). Referencial Básico de Governança Aplicável a Órgãos e Entidades da Administração Pública (Vol. 1, Issue 2). Recuperado de https://portal.tcu.gov.br/data/files/84/34/1A/4D/43B0F410E827A0F42A2818A8/2663788.PDF

United Nations. (2015). The Millennium Development Goals Report 2015. Recuperado de https://www.un.org/millenniumgoals/2015_MDG_Report/pdf/MDG 2015 rev (July 1).pdf

Vieira, S. (2016). Introdução à Bioestatística (5a Edição). Elsevier.

Wen, S., Lin, B., & Zhou, Y. (2021). Does financial structure promote energy conservation and emission reduction? Evidence from China. International Review of Economics & Finance, 76, 755–766. https://doi.org/10.1016/j.iref.2021.06.018

WHO, W. H. O. (2008). Advocacy, communication and social mobilization for TB control. A Guide To Developing Knowledge, Attitude and Practice Surveys.

Widyawati, L. (2020). A systematic literature review of socially responsible investment and environmental social governance metrics. Business Strategy and the Environment, 29(2), 619–637. https://doi.org/10.1002/bse.2393

Publicado

2024-06-07

Como Citar

Matos, L. E. de, Santos Serrão de Castro, N. ., & RACHID VIANA, G. M. (2024). Percepções de uma Comunidade Institucional de Ciência e Tecnologia quanto às Práticas de Sustentabilidade. REUNIR Revista De Administração Contabilidade E Sustentabilidade, 14(1), 93-110. https://doi.org/10.18696/reunir.v14i1.1518

Edição

Seção

Artigos científicos